Inimigos dos livros...

Em diversos momentos da História, o homem tem sido um destruidor de livros mas há inimigos naturais que provocam os mesmos estragos: os insetos.
Os insetos que devoram plantas, sentem-se atraídos pela celulose presente no papel, madeira, tecidos, fibras, cordas e telas das encadernações. Há adesivos, usados por encadernadores, que têm origem vegetal, como as colas feitas com farinha, ou de origem animal como a famosa cola de carpintaria, feita a partir de gelatinas.
A lista de insetos prejudiciais aos livros é muito grande.
Esta traça, peixinho-de-prata (Lepisma saccharina), de hábitos noturnos, come papel, cola, couro e têxteis. Raspa as superfícies com grande precisão e sentido de limpeza e provoca perfurações pequenas
Esta traça (oecophora pseudospretella) abre buracos enormes numa folha e pode acabar com um livro em pouco tempo.
Muitas bibliotecas contêm milhares de desta espécie de barata-negra (Blatta orientalis). Comem a madeira e qualquer papel húmido que encontrem à sua passagem. Devoram o cartão das lombadas e sujam o papel dos livros com as suas excreções.
O inocente Grilo pode destruir livros porque come papel, tecidos, couro e cola.
As abelhas-carpinteiras (anthophoridae), são capazes de fazer canais completos, de profundidade superior aos 10 cm, nos livros de uma mesma prateleira.
Coleoptera é muito destruidora porque ataca as encadernações de couro e de pergaminho.
O Hylotrupes bajulus é um inseto enorme e particularmente destruidor porque come madeira e papel.

cf BÁEZ, Fernando - História Universal da Destruição dos Livros, Texto, Alfragide 2009

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