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A mostrar mensagens de setembro, 2018

No início do Ano Letivo

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Pedro Rosário , Professor do Departamento de Psicologia da Universidade do Minho e uma vasta experiência em projetos de investigação no país e no estrangeiro, escreveu este texto sobre o início do ano letivo: Reza um ditado popular atribuído ao imaginário japonês que um sapo preso num poço não conhece o mar. A estória que dá origem a este sábio dito conta que um sapo vivia regalado num poço não muito profundo. A borda generosa, revestida de tijolo burro, permitia-lhe umas sestas retemperadoras do esforço consumido em mergulhos e saltos entre nenúfares. Avida deste sapinho era tranquila e sem grandes inquietudes. O conhecido era limitado, mas seguro. O que faltava em ambição sobrava em conforto. O sapo vivia contente no seu poço e espalhava aos ventos os benefícios de um viver controlado e previsível. Um dia solarengo conduziu uma tartaruga à orla do poço. ‘Olá, tartaruga. Conheces o meu poço?’ Antecipando uma resposta negativa, o sapo terá iniciado uma verborreia convincente s
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25 SET é o Dia Mundial do Sonho . Foi imaginado por um instrutor na Universidade de Columbia em 2002 com o objetivo de refletirmos nos nossos sonhos e em como os atingir, fazendo do mundo um melhor lugar para se viver. Neste disa somos convidados a partilhar ideias, sonhos como forma de contribuição para um mundo melhor (in Calendarr).  Segundo Mia Couto , a Literatura tem de se situar no dmínio do sonho (in Folha de S. Paulo ).

Ano Letivo

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Alexandre Homem Cristo escreveu este texto sobre o início das aulas. Escreve no Observador. Foi conselheiro do Conselho Nacional de Educação e desempenhou funções de assessor parlamentar no âmbito da Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura. O ano lectivo 2018/2019 arranca no contexto em que arrancam todos os anos lectivos: várias alterações legislativas que dificultam a preparação das escolas, demoras na contratação de professores para suprir necessidades, insatisfação dos docentes cuja vida é andar de mala às costas, e preocupação dos pais quanto às falhas do Estado (seja em garantir um arranque atempado das aulas ou o acesso a manuais escolares gratuitos). E, como também não é raro, este ano juntam-se as ameaças dos líderes sindicais representantes dos professores, que continuam em braço-de-ferro negocial com o governo reclamando a contagem do tempo de serviço congelado – um confronto que marcará o período prévio à discussão do Orçamento de Estado para 2019. E

Pais e Educação

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Margarida Miranda , mãe de 5 filhos, professora na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra escreveu sobre a importância básica dos pais na educação dos filhos: “Adeus, até para o ano” ouço os meus filhos dizer aos primos e amigos com quem se hão-de cruzar mais semana menos semana (pois moram na mesma rua e alguns até andam na mesma escola). “Até para o ano…” porque até lá a vida vai ficar congelada.  Dizemos adeus às férias com o peito amedrontado diante do peso esmagador de uma roda dentada que aí vem (as aulas) e que ameaça mais uma vez triturar-nos os ossos à sua passagem. Começa aquela engrenagem dos horários, livros, mochilas, passes, transportes, testes, boleias, lancheiras, testes, explicações, reuniões na escola, testes, visita de estudo, dia disto, dia daquilo, trabalhos de grupo, e testes outra vez até ao Exame Nacional, que é aquela autoridade de quem tudo depende. E não sabemos como chegar inteiros àquele momento em que podemos olhar de novo para o céu estrelado

Educar para um novo paradigma

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Diante de um futuro incerto, o novo ano, que agora começa, poderá ser um desafio para uma nova forma de educar, para dar sentido à vida. Sara Rodi , escritora, licenciada em Ciências da Comunicação, uma das fundadoras do Movimento Cívico Por Uma Escola Diferente , escreveu sobre o que significa Educar para um novo paradigma : " Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades , escreveu Camões, há quase cinco séculos. Desconhecendo como as questões da Vontade (do Instinto à Motivação) viriam a ser tão estudadas por diversas áreas que surgiram entretanto, procurando tratar de forma científica aquilo que a poesia há tanto traduzia em palavras. Não sou psicóloga, neurocientista ou cientista social – estarei sempre mais do lado da poesia – mas sou mãe por vontade e com vontade de entender o que move os meus filhos, num tempo em que tanto daquilo que, durante tantos anos moveu tantas gerações, deixou de ter razão de ser. Braham Maslow criou nos anos 50 uma Pirâmide de Necessidades se