O Esquecimento e a Fragilidade dos Livros


Atribui-se a Carlos Magno (742-814 dC), rei dos Francos, a fundação da Europa, ao dar início a um período de síntese cultural. No séc VIII, carlos Magno, incentivou os bispos a fundar escolas e bibliotecas. Conseguiu convencer o monge Alcuíno a fomentar programas de estudo. Na Abadia de S. Martinho de Tours, Alcuíno criou uma Escola de Copistas que se diferenciava por uma forma de escrita, posteriormente chamada carolíngia minúscula.
Várias bibliotecas importantes floresceram na época carolíngia, mas o seu destino foi atroz. Por volta de 585, os Lombardos apoderaram-se do mosteiro e destruiram alguns volumes raros. No séc IX, os Sarracenos queimaram a biblioteca do mosteiro. A última destruição foi na II Guerra Mundial (séc XX).
Durante 200 anos (entre 550 e 750) a Europa viveu uma das suas épocas mais obscuras. Os livros clássicos não só não eram copiados mas eram apagados para ser utilizados na cópia de textos mais lidos e mais bem pagos. Deste modo nasceram os palimpsestos, isto é, os manuscritos de onde o escrito original era apagado para escrever um novo texto


Obras de Plauto, Cícero, Tito Lívio, Plínio o Velho, Vergílio, Lucano, Juvenal, Frontão, foram sacrificadas para dar a conhecer sermões e tratados teológicos.

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