I - Destruição dos Livros

Biblioteca Nacional de Bagdad - Iraque
A Biblioteca Nacional de Bagdad, no Iraque, foi construída em 1977 e destruída em 2003. Neste mesmo ano, foi saqueada por crianças, jovens e adultos. Apoderaram-se de tudo o que puderam como se tivessem ido às compras.. O primeiro grupo de saqueadores sabia onde estavam os manuscritos mais importantes e apoderaram-se deles. A multidão corria por todo o lado com os livros mais valiosos. Muitos livros foram queimados e a biblioteca incendiada. Arderam mais de um milhão de livros, para além de textos únicos que se perderam. Desapareceram as edições antigas das Mil e Uma Noites, dos tratados filosóficos de Avicena e de Averrois. Desapareceram os manuais de história sobre a a Suméria.
Algumas tabuinhas de argila dos Sumérios, com uns 3500 anos de antiguidade foram roubadas das suas vitrinas de exposição. Também desapareceram centenas de tabuinhas ainda por decifrar.
A situação das universidades iraquianas é dramática. perderam-se, no meio das pilhagens e do caos, todos os registos estudantis, a base de dados de teses e monografias, os certificados com as notas e os títulos académicos. A Academia de Ciências do Iraque também sofreu grandes perdas.
Quem são os responsáveis pela destruição cultural do Iraque?
A maior parte da culpa é atribuída aos EUA, que não respeitou a Convenção de Haia (1954), ao não proteger os centros culturais.
Cometeu-se no Iraque o primeiro memoricídio do séc XXI.
Carlos Freitas

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