Mário Soares
Mário Soares foi um político português. Nasceu em Lisboa, em 1924 e morreu em 2017. Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas,
na Faculdade de Letras e em Direito, na
Faculdade de Direito da da Universidade Clássica de Lisboa.
Foi advogado e professor do Ensino Secundário. Foi Diretor do Colégio Moderno, fundado pelo seu pai.
Como advogado defensor de presos políticos, participou em
numerosos julgamentos, realizados no Tribunal Plenário e no Tribunal Militar
Especial. Representou, nomeadamente, Álvaro Cunhal quando acusado de crimes
políticos, e a família de Humberto Delgado na investigação do seu alegado
assassinato. Juntamente com Adelino da Palma Carlos defendeu também a causa
dinástica de Maria Pia de Saxe-Coburgo e Bragança.
Foi um dos fundadores do Partido
Socialista, em 1973. As suas atividades de oposição ao Estado Novo fizeram com que o governo de Salazar o deportasse para São Tomé, onde permaneceu até o governo de Marcelo
Caetano lhe permitir o exílio em França.
Foi um político influente na sociedade portuguesa desde o 25 de abril de 1974. Foi líder partidário, ministro de vários governos e Presidente da República até 1996.
A Sociedade Portuguesa de Autores considerou que Mário Soares foi
sempre, antes e depois do 25 de Abril, um homem de cultura.
Mário Soares
inscreveu-se como autor na Sociedade Portuguesa de Autores em 1990.
Mário Soares estreou-se em livro em 1950 com
As Ideias Políticas e Sociais de Teófilo Braga, em 1950, com prefácio
de Vitorino Magalhães Godinho.
Deixou uma extensa obra publicada,
incluindo-se nela importantes entrevistas sobre a vida política nacional e
internacional.
Mário Soares sempre se assumiu como um
grande bibliófilo, tendo deixado uma biblioteca de grande qualidade e
diversidade.
A Fundação Mário Soares tem sido um
importante polo da vida cultural e cívica portuguesa com assinalável trabalho
de promoção de debates e de preservação da memória política, social e cultural
portuguesa de várias décadas.
in http://24.sapo.pt/atualidade/ (em 09JAN 2017).