Dia de S. Valentim

O dia dos namorados, ou dia de São Valentim, como é chamado em alguns países, é uma das principais datas comemorativas em todo o mundo. A festividade tem raízes históricas que remontam aos rituais pagãos da Roma antiga.
Liturgicamente, 14 de fevereiro é o dia de São Cirilo e de São Metódio, não o dia de São Valentim.
Segundo a tradição, São Valentim foi um dos primeiros bispos de Terni, que morreu mártir durante o reinado do imperador Cláudio II. O seu nome está ligado a algumas lendas – provavelmente nascidas em França ou Inglaterra quando este dia começou a ser dedicado aos namorados - desenhadas a partir das histórias em torno de São Valentim, decapitado a 14 de Fevereiro por se ter recusado a renunciar ao Cristianismo e por, secretamente, ter celebrado o casamento entre uma jovem cristã e um pagão legionário, apesar da proibição de Cláudio II. 
Apesar de continuar a ser celebrado em várias paróquias, a festa de São Valentim foi removida do calendário litúrgico em 1969 – numa decisão de reformar as festas dos santos que tiveram origem em lendas. 
A festa de São Valentim foi importada pelos ingleses para os Estados Unidos da América no século XIX com a produção industrial de cartões de namorados. 
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As relíquias de São Valentim encontram-se na Basílica de Terni, igreja dedicada a este santo. Nesta Basílica, todos os anos a 14 de Janeiro, vários noivos
Segundo Luís de Camões,

Amor é fogo que arde sem se ver
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
A adolescência, período de grandes transições e adaptações é normalmente a fase de vida onde surge o amor, umas vezes platónico, outras inocente, outras mais adulto. É a fase do primeiro amor e raramente será repetível. É a fase do tudo ou nada, do choro inconsolável, dos risos incontidos. Não admite esperas, não admite contrariedades. É a fase do ciúme exagerado, da eternidade e da finitude. Os contrastes de humor próprios da adolescência, tornam o amor uma guerra, onde vale tudo menos o desamor.
Durante a semana de 13 a 17 de fevereiro, decorre na BE da nossa Escola a o tema O Amor na Literatura Portuguesa. Tem como objetivo promover a educação literária dos nossos alunos, nomeadamente o conhecimento de escritores portugueses e respetivas obras que retratam o amor. Uma forma diferente de celebrear o S. Valentim.

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