Fábulas...

Fábulas de Esopo - A Raposa e o Macaco
A Raposa e o Macaco
Numa grande reunião entre todos os animais, que fora organizada com a intenção de eleger um novo líder, foi solicitado que o Macaco fizesse sua apresentação.
Ele se saiu tão bem com suas cambalhotas, pantomimas, caretas e guinchos, que os animais ali presentes não puderam deixar de ficar impressionados com toda aquela encenação e jogo teatral.
E entusiasmados com tamanha performance, daquele dia em diante, resolveram elegê-lo como seu novo Rei.
A Raposa, que não votara no Macaco, estava aborrecida com os demais animais por terem eleito um líder, a seu ver, tão desqualificado, já que levaram em conta apenas as aparências, o espetáculo, o circo típico dos políticos, coisas que para ela, não tinha valor algum como atributo pessoal.
Um dia, caminhando pela floresta, ela encontrou uma armadilha com um pedaço de carne. Correu até o Rei Macaco e lhe disse que encontrara um rico tesouro, mas, que nele não tocara, uma vez que por direito, pertencia a sua majestade, claro, o Macaco.
O pretencioso e ganancioso Macaco, embriagado com a vaidade de sua aparente importância, e de olho na prenda, sem pensar duas vezes, seguiu a Raposa até a armadilha. E tão logo viu o pedaço de carne ali agarrado, sem pensar duas vezes, estendeu o braço para pegá-lo. Assim, acabou também ficando preso. A Raposa, ao seu lado, deu uma gargalhada e exclamou:
Imagine você que pretende ser um Rei, e no entanto, mostra-se incapaz de cuidar até de si mesmo...
Logo, passado aquele episódio, uma nova eleição foi realizada entre os animais para a escolha de um novo governante, já que o hipócrita fora desmascarado.
Fábulas de Esopo - A Raposa e o Porco Espinho
A Raposa e o Porco Espinho
Uma Raposa, que precisava atravessar a nado um rio não muito caudaloso, acabou surpreendida por uma forte e inesperada enchente.
Depois de muita luta, teve forças apenas para alcançar a margem oposta, onde caiu quase sem fôlego e exausta.
Mesmo assim, estava feliz por ter vencido aquela forte correnteza, da qual chegou a imaginar que jamais sairia com vida.
Pouco tempo depois, veio um enxame de moscas hematófagas - insetos que se alimentam de sangue - e pousaram sobre ela. Mas, ainda fraca para fugir daquele ataque, permaneceu quieta, repousando, em seu canto.
Então veio um Porco Espinho, que vendo todo aquele seu drama, gentilmente se dispôs a ajudá-la, e disse: Deixe-me espantar estas moscas para longe de você... E exclamou a Raposa quase sussurrando: Não! Por favor, não me tenha por mal agradecida meu amigo, de fato sou muito grata pela sua presteza e boa vontade, mas, não as perturbe. Elas já pegaram tudo aquilo de que precisavam. Se você as espanta, logo outro enxame faminto virá e acabará por tomar o pouco sangue que ainda me resta...
Fábulas de Esopo Ilustradas - O Asno e sua Sombra
O Asno e sua Sombra
Um viajante alugou um Burro de carga que o conduziria a uma distante localidade.
Mas, como o dia muito quente, com o sol brilhando com singular intensidade, o viajante resolveu parar para se refrescar e descansar um pouco, e para isso procurou abrigo sob a sombra do animal.
Entretanto, como só havia lugar para uma pessoa debaixo do animal, e como, tanto o viajante quanto o dono do Asno reinvidicavam para si aquele espaço, uma violenta discussão surgiu entre os dois.
E cada um se achava no direito de ter exclusividade para usufruir da sombra.
O dono defendia que ele alugara apenas o asno e não a sua sombra. O viajante entendia que ele, ao alugar o animal, tinha direito a ambos, animal e sombra.
A disputa passou de palavras para agressões, e enquanto ambos brigavam ferozmente, o Asno fugiu em disparada para longe.
Fábulas de Esopo - A Galinha e os Ovos de Ouro
A Galinha e os Ovos de Ouro
Um camponês e sua esposa possuíam uma galinha, que todo dia, sem falta, botava um ovo de ouro.
No entanto, motivados pela ganância, e supondo que dentro dela deveria haver uma grande quantidade de ouro, resolveram então sacrificar o pobre animal, para, enfim, pegar tudo de uma só vez.
Então, para surpresa dos dois, viram que a ave em nada era diferente das outras galinhas de sua espécie.

Assim, o casal de tolos, desejando enriquecer de uma só vez, acabam por perder o ganho diário que já tinham, de boa sorte, assegurado.

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