Clube Europeu
professora Luísa Nobre, deputada Ana Mesquita, professor Domingos Costa
No dia 08 JAN 2018, o Clube Europeu promoveu, na Biblioteca Escolar, uma conferência sobre a Igualdade de Género por Ana Mesquita, arqueóloga e deputada do PCP à Assembleia da República.
Na
atualidade, a ideia de que existe uma desigualdade entre géneros parece que é uma questão resolvida. Os tempos mudam e as mentalidades acompanham essa mudança. Mas
será que esta desigualdade foi totalmente abolida? A resposta é não. A mulher,
apesar de se ter aproximado do estatuto do homem, ainda continua a ser
discriminada em várias situações. A mulher, em Portugal, tem salários
inferiores em relação ao homem e essa tendência tem vindo a aumentar. Portugal, apesar das mulheres serem mais qualificadas e
com maiores habilitações, os cargos de topo são ocupados, maioritariamente, por
homens. É claro que este problema não vai ser resolvido
de um dia para o outro. A União Europeia tem tido um
papel interventivo nesta e noutras lutas, mas a instituição deveria tomar a
dianteira e reforçar o papel das mulheres na sociedade.
O emprego das mulheres tem continuado a aumentar nos últimos anos, contudo, as diferenças existentes entre homens e mulheres são sempre desfavoráveis às mulheres.
Continua a haver grande dificuldade para as mulheres
conciliarem a vida familiar com a profissional, mantendo-se o desequilíbrio na
repartição das tarefas domésticas. Continua a segmentação do mercado de
trabalho, continuando os lugares de decisão ocupados maioritariamente por
homens.
As diferenças continuam
bem patentes nas diferenças salariais entre ambos os sexos; as mulheres ganham,
em média 15% menos do que os homens, por cada hora de trabalho. Por outro lado,
as mulheres apresentam maior risco de exclusão e pobreza.
O risco de pobreza em mulheres com mais de 65 anos é de 20%,
mais 5% do que nos homens. Nas famílias monoparentais (maioritariamente
constituídas por mulheres) o risco de pobreza é de 34%. O desemprego de longa
duração atinge 4,5% das mulheres (mais 1% do que os homens). “As mulheres constituem
a maioria dos inativos, estando por isso particularmente expostas ao risco de
pobreza”
Alguns desafios:
+ Eliminar as disparidades entre homens e mulheres no mercado de trabalho,
+ Equilibrar a partilha de responsabilidades familiares entre homens e mulheres;
+ Garantir o apoio das políticas de coesão e desenvolvimento rural às políticas de igualdade de género;
+ Garantir a aplicação efetiva da legislação neste âmbito.