2018: Ano Europeu do Património Cultural

Segundo Clara Almeida Santos, professora da Faculdade de Letras de Coimbra, o património é casa. Quando tem paredes e quando não as tem. É o que herdamos e que temos o dever de transmitir para que a memória do que somos não se perca.  O património material são casas e o património intangível, ruas (o que nos permite ir de um sítio a outro, o que proporciona os encontros). “Sem casas não haveria ruas | as ruas onde passamos pelos outros”, diz Ruy Belo.  Os outros que existem ainda fisicamente e os outros que nos precederam e nos deixaram tanto de si, da sua história, do seu tempo.
O corpo é casa. É outro corpo, o da mãe, a nossa primeira casa. Só depois temos casa própria, corpo próprio. Desse corpo cuidaremos (ou não).  E aqui entra a prática desportiva como benéfica para esse corpo enquanto parte de uma escolha de vida saudável.  Que não tem o corpo como centro mas que se ocupa também do corpo. O desporto pode também ser momento de aprender a contar com o outro, ocasião de aprender a estar e ser em grupo. As casa também são corpo para o poeta, corpo dependente de outros corpos.
O ano de 2018 será dedicado à comemoração da riqueza e diversidade do património cultural europeu – tanto a nível da UE como a nível nacional, regional e local. Assim foi decidido pela União Europeia que propõe pensar o Património como o lugar onde o passado encontra o futuro.

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