Gabriel García Márquez

Gabriel García Márquez, jornalista e escritor, celebraria hoje 91 anos. Prémio Nobel da Literatura (1982), nasceu na Colômbia, em 1927. O livro Cem Anos de Solidão foi o seu maior sucesso, tendo sido traduzida em mais de 35 línguas. Foi inspirada na casa e na cidade onde o escritor cresceu com os avós.
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"No dia em que se assinala o 91º aniversário de nascimento de Gabriel García Márquez (1927-2014), recordamos as palavras proferidas pelo papa Francisco inspiradas no escritor colombiano.
Aquele escritor tão querido para vós e tão querido para todos. Estas foram algumas das palavras com que Márquez foi evocado por Francisco, aquando da sua viagem à Colômbia, em setembro de 2017.
Para vincar a exigência requerida aos cristãos de gerar a partir de baixo uma mudança cultural: à cultura da morte, da violência, responder com a cultura da vida e do encontro, Francisco citou a Mensagem sobre a paz, de 1998, do também jornalista, editor, ativista e político.
Este desastre cultural não se remedeia com chumbo nem com dinheiro, mas com uma educação para a paz, construída com amor sobre as ruínas dum país em chamas onde nos levantamos cedo para continuar a matar-nos uns aos outros (…).
«Uma revolução legítima de paz que canalize para a vida a imensa energia criativa que, durante quase dois séculos, usamos para nos destruirmos e que reivindique e exalte o predomínio da imaginação.
Antes, a 7 de setembro, dirigindo-se às autoridades, corpo diplomático e representantes da sociedade civil, em Bogotá, Francisco acentuou que ressoa no coração de cada colombiano o espírito do grande compatriota Gabriel García Márquez e lembrou um excerto do discurso que o escritor proferiu quando recebeu o prémio Nobel da literatura, em 1982.
Perante a opressão, o saque e o abandono, a nossa resposta é a vida. Nem os dilúvios nem as pestes, nem as carestias nem os cataclismos, nem mesmo as guerras sem fim durante séculos e séculos conseguiram reduzir a vantagem tenaz da vida sobre a morte. Uma vantagem que cresce e progride.
Marquéz prosseguiu, afirmando que é possível uma nova e arrebatadora utopia da vida, onde ninguém possa decidir pelos outros até a forma de morrer, onde seja verdadeiramente certo o amor e seja possível a felicidade, e onde as estirpes condenadas a cem anos de solidão tenham, por fim e para sempre, uma segunda oportunidade sobre a Terra.
E no encontro com os bispos da Colômbia, ocorrido no mesmo dia, o papa citou uma das obras mais conhecidas de Gabriel García Márquez, Cem anos de solidão: Não imaginava que fosse mais fácil começar uma guerra do que terminá-la.
Em seguida, o escritor acrescentava: Não pensava que seriam precisas tantas palavras para explicar o que se sentia na guerra; na realidade, bastava uma só: medo, afirmou o papa.
in http://www.snpcultura.org/papa_francisco_sobre_gabriel_garcia_marquez_escritor_tao_querido_para_todos.html (consultado em 06/03/2018)
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