Luta contra o CANCRO
Na luta contra o CANCRO, o empenho por aliviar a dor
e o sofrimento físico merece o apoio de todos os homens e mulheres de boa
vontade.
Uma das mais intensas
formas de sofrimento que a pessoa humana, a nível psicológico pode
experimentar, deriva da tentação de renunciar à esperança: esperança numa
eventual ou possível cura, esperança na capacidade de superar uma doença em
particular, esperança na possibilidade de regressar a uma vida normalmente
feliz e produtiva.
Não se pode esquecer que o
homem é um ser limitado e mortal. É preciso, por isso, aproximar-se do doente
com realismo são, que evite gerar em quem sofre a ilusão da omnipotência da
medicina. Há limites que não são humanamente superáveis; nestes casos, é
preciso saber acolher com serenidade a própria condição humana, que o crente
sabe ler à luz da vontade divina. Esta manifesta-se também na morte, termo
natural do curso da vida sobre a terra.
É
amplo e complexo o mundo do sofrimento e da dor. Mas ele pode representar para
o homem uma ocasião de crescimento espiritual, abrindo horizontes mais amplos
do que aqueles a que a limitação e a precariedade do ser físico obrigam. O
doente, quando é oportunamente apoiado, mesmo constatando a própria fragilidade
corporal, é levado muitas vezes a descobrir uma dimensão que ultrapassa a
própria corporeidade.
Eis por que no empenho médico e de assistência a quem
sofre, assim como no das fronteiras da investigação, é importante ter sempre
presente a centralidade da pessoa, seja qual for a raça ou a religião a que
pertence.