O Cão e S. Bernardo
Hoje é o Dia Mundial do Animal. Os animais estão ao serviço do homem. Devem ser respeitados. S. Francisco de Assis é o Padroeiro dos Animais mas a história de S. Bernardo e os cães é muito interessante.
Chama-se
Grande São Bernardo o passo dos Alpes mais célebre da história de Itália, pelo
qual passou Napoleão com as suas tropas, decidido a conquistar o território. A
mudança de denominação deveu-se a um diácono, S. Bernardo de Mentone, ou
de Aosta, que se tornou famoso pelas suas pregações.
Testemunha
dos perigos da passagem e dos peregrinos que, envolvidos nas tempestades ou
atingidos por pequenas avalanchas, ficavam sepultados na neve, criou, em meados
do século XI, no cimo da montanha, uma hospedaria, onde colocou alguns
discípulos. Assim nasceram os cónegos agostinianos de S. Bernardo, que, em
companhia dos seus cães de montanha, se tornariam os anjos guardiões do vale,
salvando inúmeras pessoas. Os molossos que acompanhavam os religiosos são hoje
conhecidos mundialmente como os cães São Bernardo, devendo o seu nome
precisamente ao santo, que, tendo experimentado a bondade e a força desses
animais, os adotou como socorristas, adestrando-os.Os frades, prontos a desafiar a tempestade para chegar aos
necessitados, eram acompanhados pelos seus cães, que carregavam a famosa barrica com brandy. Apesar de este ser um atributo inevitável para o São Bernardo,
consta que a sua utilização para o auxílio é uma lenda. Com efeito,
tratar-se-ia de uma espécie de sinal de reconhecimento: os animais com a
barrica eram, seguramente, cães de São Bernardo, e portanto, salvadores.
Poucos sabem que existe até um cão, de nome Guinefort
de Borgonha, venerado como santo, em relação ao qual a Igreja insistiu na
proibição do culto. E há também o Barry, cão de montanha que no período
napoleónico salvou cerca de 40 pessoas de ficarem congeladas e que
está hoje embalsamado em Nussbaumer, na Suíça.