Dia Mundial da RELIGIÃO

Hoje é o Dia Mundial da Religião. Segundo o Centro de Estudos de Religiões e Culturas da Universidade Católica Portuguesanão há uma explicação única para todos os contextos em que a liberdade religiosa sofre limitações. Em alguns casos advém de um paradigma político, em que uma certa ideia política tentou substituir a função de agregação da religião na sociedade, a construção de uma ideia de futuro para a vida das pessoas. Em outros casos, advém da hegemonia que uma determinada tradição religiosa tem num espaço e da relação que estabelece com as outras dinâmicas sociais.
Nas sociedades que fizeram a experiência histórica da modernidade, onde o lugar da religião sofreu uma alteração importante a partir dos séculos XVI e XVII, temos formas bastante diferentes de inscrever essa liberdade religiosa no espaço público. Temos uma identidade nacional fortemente vinculada a uma entidade religiosa nas sociedades do Norte da Europa em que a própria ideia de Nação foi configurada religiosamente - a Dinamarca, por exemplo -, embora depois a sociedade seja muito secularizada e a religião tenha um impacto diminuto no quotidiano. Mas quando se pensam como Nação essa referência luterana torna-se muito preponderante. Na sociedade britânica temos como chefe de uma igreja um monarca. Nas sociedades do Sul temos a contratualização do Estado com as igrejas maioritárias, portanto modelos concordatários, ou sociedades bi-confessionais, onde a pluralidade religiosa tem um forte equilíbrio, como a Alemanha. O Estado regula e faz da religião uma espécie de serviço público: as universidades têm faculdades de Teologia católicas e protestantes sustentadas pelo próprio Estado, os ministros de culto são como funcionários públicos.

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