Amadeo de Souza-Cardoso
Amadeo de
Souza-Cardoso
na Biblioteca Escolar Salvador Dias Arnaut
Os professores José Carlos Teixeira e Gabriel Marques e o psicólogo escolar João Mendes, organizaram um conjunto de atividades culturais e artísticas sobre a vida e obra do pintor português Amadeo de Souza-Cardoso que
se destacou pela qualidade excecional da sua obra e pelo diálogo que
estabeleceu com as vanguardas históricas do início do século XX. A sua
pintura articula-se de modo aberto com movimentos como o cubismo o futurismo ou
o expressionismo, atingindo em muitos momentos um nível em tudo
equiparável à produção de topo da arte internacional sua contemporânea.
Amadeo Ferreira de Souza-Cardoso nasceu a 14 de Novembro de 1887, em Manhufe, freguesia de Mancelos, concelho de Amarante. Em 1905, Amadeo parte para Lisboa com a intenção de seguir o curso de Arquitectura na Academia de Belas-Artes. É na Capital que desenvolve a actividade de desenhador e sobretudo de caricaturista. No dia em que completa 19 anos parte para Paris na companhia de Francisco Smith e vai viver no Boulevard de Montparnasse. Frequenta ateliês de preparação para o concurso à Escola de Belas Artes com o objectivo de cursar Arquitectura. Desiste da Arquitectura para se dedicar inteiramente à pintura. Em 1908 aluga um estúdio onde reúne artistas portugueses – Manuel Bentes, Emmérico Nunes, Eduardo Viana, Domingos Rebelo, Francisco Smith entre outros. Ainda nesse ano conhece Lúcia Pecetto com quem viria a casar em Portugal no ano de 1914. Em Manhufe, Amadeo de Souza-Cardoso trabalha na Casa do Ribeiro, casa pertencente ao tio Francisco. No ano de 1918 uma doença de pele impede Amadeo de pintar. A 25 de Outubro morre bruscamente em Espinho, vítima da pneumónica que atingiu a Europa no final da Guerra (1914-1918).
Amadeo Ferreira de Souza-Cardoso nasceu a 14 de Novembro de 1887, em Manhufe, freguesia de Mancelos, concelho de Amarante. Em 1905, Amadeo parte para Lisboa com a intenção de seguir o curso de Arquitectura na Academia de Belas-Artes. É na Capital que desenvolve a actividade de desenhador e sobretudo de caricaturista. No dia em que completa 19 anos parte para Paris na companhia de Francisco Smith e vai viver no Boulevard de Montparnasse. Frequenta ateliês de preparação para o concurso à Escola de Belas Artes com o objectivo de cursar Arquitectura. Desiste da Arquitectura para se dedicar inteiramente à pintura. Em 1908 aluga um estúdio onde reúne artistas portugueses – Manuel Bentes, Emmérico Nunes, Eduardo Viana, Domingos Rebelo, Francisco Smith entre outros. Ainda nesse ano conhece Lúcia Pecetto com quem viria a casar em Portugal no ano de 1914. Em Manhufe, Amadeo de Souza-Cardoso trabalha na Casa do Ribeiro, casa pertencente ao tio Francisco. No ano de 1918 uma doença de pele impede Amadeo de pintar. A 25 de Outubro morre bruscamente em Espinho, vítima da pneumónica que atingiu a Europa no final da Guerra (1914-1918).
Amadeo é o grande artista do modernismo
português e provavelmente do século XX tendo realizado, num curto espaço
de tempo, uma obra vasta que se mostrou permeável às principais correntes da
pintura do seu tempo nisto se evidenciando em relação aos colegas de
geração revelando-se como um pioneiro no panorama nacional e tardiamente
descoberto pelos artistas portugueses. A sua carreira começou pelo desenho virtuoso e estilizado de álbuns de
ilustrações e por caricaturas, após o que se vai consagrar à pintura. A
experimentação ávida é uma constante de todo o seu trajecto pictórico, levando-o de tentativas pontilhistas ao orfismo, que surge do relacionamento
com os Delaunay, passando por uma factura de conotação expressionista. O
cubismo atrai-o progressivamente, facetando formas e entrecruzando planos,
geometrizando os elementos naturais, pesquisando o espaço. Já em Amarante serão
aspectos culturais, tradicionais e populares que servirão de mote às
composições. Estas adquirem uma factura abstracta, para numa última fase
proporem colagens, materiais não nobres como espelhos, ganchos de cabelo,
areias, etc. Todos os movimentos dos anos 10 do século XX encontram-se
na obra de Amadeo, fazendo dela o limite máximo que a pintura portuguesa
atingiu, em termos das referências internacionais de então.