Dia Mundial da Poesia e COVID-19

O professor José Carlos Teixeira enviou-nos este texto e imagem a propósito do Dia Mundial da Poesia (21 MARÇO) e no contexto da pandemia que todos vivemos:

ACRÓSTICO
Conhecimento metafísico e misterioso do fenómeno
Ocasiona inquietude, cansaço e amolecimento
Resultando descrença, angústia e opróbrio.
O meio-sono em que se vive engana o conhecimento…
Não-consciente, afligem-me as rabanadas de vento
Associadas ao mau tempo e aos maus tempos…
Visões de um indefinido futuro, atormentam e
Invisíveis malfeitores desorientam e apoquentam:
Refluxo de um inferno, ou castigo divino?
Última esperança no que perdido está, é o caminho?
Subitamente tudo é nada, tudo é desgraça — vírus assassino!

Há horas em que o mundo resolve girar ao contrário!
Infelizmente, um silêncio sepulcral, dorido e (ir)real
Faz-nos acordar para um mundo escaqueirado
E estupidamente esventrado…
Na desgraça, é enterrar os mortos e cuidar dos vivos.

Desacompanhado, o silêncio incomoda o mais destemido
Enquanto se oprime o coração empedernido.
“Zás-trás-nó-cego”, e de repente tudo se perdeu,
Até a interrupção dos nossos sonhos aconteceu.
Nem sei que pensar, tudo me parece abstrato:
O absurdo, a confusão… o outro lado de mim…
Vejo finar-se o tempo e com ele a esperança! Que ingrato!
Eu passo com o tempo, e muitos tempos passam assim.
            Autor desconhecido

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